O tal café a que não vai ninguém.
Tenho manchas nas mãos e um livro.
É raro, mas quando entra alguém baixo o livro
e quase a sorrir, digo: Olá.
É sempre olá naquele café.
Volta o livro, as manchas ficaram precisamente
nos mesmos sítios.
Adio um cigarro e depois (ao cabo de um tempo)
não adio mais.
Saio pela porta da frente; olho em redor,
volto a entrar; digo: Olá. Um café por favor.
Dou a volta ao balcão, tiro o café, acendo um cigarro.
Tenho um isqueiro amarelo, as manchas são
assim para o acastanhado e os livros há-os
de todas as cores.

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